Segue repercutindo o caso da morte da jovem Wilkelly Araújo, que perdeu a vida num ritual de aborto em um terreiro no Povoado Tanque, localizado na zona rural de Joselândia.
O caso chocou todo o estado e a Polícia Civil agora trabalha para identificar o autor da gravidez da jovem. Tal detalhe chama atenção dos investigadores pelo fato da vítima ter apenas 12 anos de idade.
O laudo da perícia deve sair pelo Icrim (Instituto de Criminalística) nos próximos 30 dias. O instituto pretende analisar com mais detalhes materiais genéticos que possam comprovar de fato que a criança estava grávida, além dos detalhes de sua morte, pois ela teria ficado com a saúde frágil após passar por uma sessão de procedimento envolvendo folha de ervas, unha de gato e outras beberagens para provocar a saída do feto.
A mãe, Eva Rodrigues, e o pai de santo, Adailton Mateus, estavam presentes durante a sessão de aborto clandestino que resultou na morte de Wilkelly. Eles continuam presos no Presídio de Pedreiras, onde estão a disposição da Justiça. Um suspeito de ter engravidado a jovem também chegou a ser conduzido para prestar depoimento na Delegacia de Joselândia. (Veja AQUI)
O Conselho Tutelar de Joselândia informou que já haviam apurado uma denúncia em relação ao comportamento da mãe com os filhos. Porém, não há detalhes sobre tal denúncia. De acordo com algumas informações, com a prisão da mãe e a morte de sua filha, havia agora apenas um jovem de 16 anos morando na casa de Eva. Ele estaria aguardando a visita de alguns parentes para sair da situação.
No Povoado Tanque também existem parentes ligados ao pai da menina morta, que estão cobrando por Justiça. O pai está morando no estado de Mato Grosso e, assim que foi informado da morte da jovem, chegou a passar mal.
Veja abaixo a matéria do Bom Dia Mirante.
Mais informações
Em conversa com os investigadores, foi informado que a jovem era seguidora da religião umbandista e a decisão de realizar o aborto teve início supostamente quando uma entidade que a mãe da criança incorpora afirmou que a jovem não poderia gerar a criança oriunda de outro membro da religião, chamado de "Filho de Santo".
A mãe foi orientada então a realizar um ritual durante a meia-noite envolvendo folha de ervas, unha de gato e outras beberagens o que faria o feto sair. Ocorre que durante o processo a menina começou a passar mal e, assim que perceberam que a situação estava grávida, os dois resolveram levá-la para o Hospital de Joselândia.
Ao dar entrada na unidade hospitalar, a menina estava inteiramente molhada e com folhas, mas já sem vida. De acordo com informações, Eva e Adailton não chegaram no local falando de nenhum ritual de aborto, em vez disso, se limitaram a dizer que ela sofreu um mal súbito. Como a equipe médica desconfiou da situação, eles acionaram a polícia pois notaram que Wilkelly estava grávida.
Com a chegada da polícia, os dois foram convidados para a delegacia, já bastante nervosos com a situação. Em interrogatório, a mãe confessou toda situação e o delegado Dr. Tibério deu voz de prisão para os dois.
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