O laudo com a causa da morte da menina de 12 anos que ingeriu chá de ervas no povoado Tanque, na zona rural de Joselândia, deverá sair em até dez dias, segundo o delegado que apura o caso, Tibério Gusmão Sousa.
De acordo com o delegado, a informação sobre o prazo foi repassada a ele pelo Instituto de Criminalística (Icrim). “Ainda não foi concluído. Eu entrei em contato com o pessoal do Icrim em Timon e eles me disseram que eles têm um prazo de dez dias para concluir esse laudo”, ressaltou.
O delegado disse também que já iniciou o depoimento das testemunhas e que só terá mais detalhes na próxima semana. “Na outra semana é que teremos mais desdobramentos porque até agora a gente só ouviu as pessoas sobre a manobra abortiva. Então ainda temos uma porção de desdobramento a serem esclarecidos”, finalizou.
Na manhã desta quinta-feira (25), o suspeito de ter engravidado a criança que morreu em procedimento abortivo em terreiro de macumba foi conduzido à delegacia de Joselandia para prestar depoimento.
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O caso ocorreu no terreiro de umbanda do Pai Adailton Mateus em que foi utilizando um procedimento envolvendo folha de ervas, unha de gato e outras beberagens para provocar a saída do feto. Acontece que a menina não aguentou e perdeu a consciência.
Ela foi levada para o Hospital de Joselândia, mas logo que entrou na unidade, foi constatado que ela já estava sem os sinais vitais.
A direção do hospital desconfiou da circunstância em que a jovem chegou na unidade e logo acionou a polícia.
Eva Rodrigues, mãe da jovem e o Pai Adailton foram levados para a delegacia e, durante o interrogatório, acabaram confessando que a menina morreu durante uma sessão de tentativa de aborto.
O corpo foi levado para o IML de Caxias. Os dois passaram por exame de corpo de delito e foram logo encaminhados para o Presídio de Pedreiras, onde estarão à disposição da Justiça.
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