É unânime em todos os veículos que integram a imprensa nacional que o desempenho do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, durante a audiência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Federal realizada na tarde desta terça-feira (29) foi para além de satisfatório.
O ex-governador do Maranhão recebeu uma verdadeira enxurrada de elogios Brasil à fora após sair maior do que entrou na audiência.
Em determinado encontro do embate, os deputados Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) e André Fernandes (PL-CE) receberam duras respostas do ministro. Os opositores de Lula, os parlamentares fizeram provocações ao ministro, que devolveu na mesma moeda.
Gaspar questionou a visita de Dino à favela da Mare, no Rio de Janeiro, na semana passada. A oposição tenta colar o discurso de que o ministro entrou na favela sem escolta, o que sugeriria um conluio do auxiliar de Lula com traficantes locais.
Gaspar questionou se o ministro terá “macheza” para combater o crime organizado da mesma forma com que o governo tratou os manifestantes golpistas presos em Brasília em janeiro.
Dino respondeu ao questionamento homofóbico colocando em dúvida o real interesse do deputado em relação a sua masculinidade.
“Eu acho engraçada a indústria das fake news na política. Fizeram essa ideia de que não tinha escolta policial, o que é mentira. O senhor me pergunta se eu tenho muita macheza. Se o senhor está interessado nesse assunto, eu informo que não estou interessado nesse assunto. Sobre esse aspecto informo ao senhor: eu não tenho medo de ninguém e nem de nada”, disse o ministro.
Pouco antes, André Fernandes questionou a quantidade de processos judiciais que o ministro responde. “O senhor acabou de falar que não responde a nenhum processo, mas o Jusbrasil diz que o senhor responde a 277 processos. São poucos, acredito que tenha esquecido”, disse
Jurista, Dino explicou que usaria o exemplo como piada para seus alunos de direito, já que o Jusbrasil, disse ele, cita envolvidos em qualquer processo, como autor, testemunha, juiz, e que o número elevado não se refere à quantidade de processos em que ele é réu efetivamente.
“O senhor acaba de entrar no meu livro de memórias. O Jusbrasil, deputado, quando bota o nome, não aparece por nome de quem respondeu a processo. Aparece o nome de quem pediu direito de resposta na Justiça, aparece o nome de quem foi requerido o pedido de resposta, aparece o nome de quem registrou a candidatura, aparece o nome de quem prestou contas na Justiça Eleitoral, aparece o nome de quem foi testemunha no processo e, a essas alturas, dizer com base no Jusbrasil que eu respondo a 277 processos, se insere mais ou menos no mesmo continente mental de quem acha que a Terra é plana. E claro, olhando nos seus olhos, eu sei que o senhor sabe que a Terra é plana. E claro, olhando nos seus olhos, eu sei que o senhor sabe que a Terra é redonda”, rebateu Dino.
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